Em 2014, entrevistamos mais de cem líderes educacionais para entender quais eram os principais problemas da nossa educação. Essas conversas nos deram base para construirmos um documento apontando os principais problemas da educação brasileira, apresentando também algumas soluções criadas e implementadas em diferentes cidades pelo país afora. Reunimos tudo isso no Manifesto Mapa do Buraco.

Após mapear esses problemas do Brasil, um dos entrevistados nos perguntou:

“E agora? O que vocês vão fazer para ‘tapar’ esses buracos?”

Com essa questão em mente consolidamos o movimento, em 2015, com uma missão bem clara:

“Colocar a educação como prioridade na agenda nacional, fazendo do jovem o protagonista dessa mudança.”

Acreditamos que a educação é o principal motor para um país com igualdade de oportunidades e que ninguém melhor do que o jovem para lutar por isso, já que somos diretamente atingidos pelas políticas de educação e seremos a próxima geração de líderes.

Organizamos, junto com a Avaaz, o primeiro e único debate presencial sobre educação, em 2014, com os representantes educacionais de cada um dos candidatos, o ex-ministro da educação, José Henrique Paim (2014), e a ex-secretária de educação do Estado de São Paulo (2007-2009), Maria Helena Guimarães de Castro.

Discutimos propostas das candidaturas para a Educação para qualificar o debate de ideias sobre esse tema tão importante.

Em 2021, idealizamos e prototipamos a Jornada do Líder. Convidando as juventudes brasileiras a buscar soluções e criar iniciativas que contribuam para a Educação do nosso país. Ela se deu em 3 fases: processo seletivo, formação e desenvolvimento de projetos.

Foram aproximadamente 3000 interessados na jornada. Selecionamos 71 embaixadoras, de todas as regiões do Brasil, de perfis diversos para participar da experiência – tanto aqueles que possuíam um potencial de liderança quanto os que já participavam de projetos juvenis e de ativismo.

O curso teve duração 12 semanas, com 30 aulas e contou com a revisão de mais de 70 especialistas e parceiros. Com 38 vídeos, 40 professores, 8 atividades e 6 oficinas.

Foram 45 projetos, em 35 cidades, 160 pessoas envolvidas, 9 mil pessoas impactadas diretamente e com potencial de impacto de até 488,2 mil pessoas.

Além disso, em 2021 o Mapa correalizou uma pesquisa com mais de 68 mil jovens de todo Brasil sobre os impactos da pandemia da Covid-19 em suas vidas e na sociedade. 

Com a chegada da Pandemia do Coronavírus, não pudemos continuar nosso plano sem considerar a realidade que o mundo estava vivendo. Por isso, refizemos o nosso planejamento e concentramos todos os nossos recursos em reduzir os efeitos da pandemia. 

Acionamos toda a nossa rede – líderes, voluntários e participantes da III Conferência do Mapa – e propomos manter nossas atividades, mas com um foco específico: os problemas que a pandemia estava causando. Para isso, realizamos uma conversa com a nossa rede, para entender quais os principais gargalos daquele momento e chegamos a duas conclusões:

• Combate a notícias falsas sobre a situação da pandemia;

• Ações Cívicas para os desafios impostos pela pandemia.

Foram 25 projetos finalizados e 7320 pessoas impactadas. Através da rede de jovens, o Mapa Educação atuou como agente comunitário, contribuindo com informações de qualidade e ações proativas, que serviram para mitigar os efeitos da crise sanitária do coronavírus.

Em 2020, também realizamos o projeto Semana Educacional Jovem do Futuro, que teve como objetivo promover um diálogo entre jovens de todas as regiões do país com secretários estaduais de educação, para avançarem juntos no debate sobre o futuro da educação e da juventude. A escolha do tema foi definida diante da necessidade de entender esses desafios e de compartilhar com a juventude essas questões para buscarmos juntos uma solução.

Tivemos cinco dias de evento, um para cada região, para dar visibilidade às peculiaridades e às especificidades regionais. Ao todo, foram 12 das secretarias estaduais, alcançando 1.657 visualizações.

Durante o ano de 2019, passaram pela nossa rede 45 jovens, de 16 Estados do país, que realizaram mais de 45 ações cívicas e impactaram mais de 1500 pessoas!!

Em 2019, o tema norteador da III Conferência foi o Novo Ensino Médio. 170 jovens, de todos os Estados, estiveram presentes e mais 210 jovens  assistiram a transmissão online.

Depois de toda essa história, muitos eventos e pessoas impactadas nos perguntamos:

“Tudo que estamos fazendo é ótimo, mas como vamos realmente alcançar nossa missão?”

Estava na hora de começarmos a medir o impacto das ações que realizávamos. Foi assim que lançamos nossa primeira turma de Coordenadores Regionais.

Jovens espalhados por todas as regiões do nosso país, realizando ações concretas para impactar a política local.

A 2ª Conferência do Mapa reuniu 300 pessoas, entre elas: jovens engajados, especialistas e influenciadores, para discutir problemas e soluções para a educação do nosso Brasil.

Foram 2 dias com palestras, debates e workshops voltados para formar jovens, com diferentes histórias de vida, em ativistas de políticas públicas educacionais. Especialistas como a pedagoga e consultora Cleuza Repulho, a diretora da Fundação SM, Pilar Lacerda, a chef de cozinha Paola Carosella e a diretora do Inspirare, Anna Penido, participaram desse encontro.

Durante a conferência, elaboramos posicionamentos e planos de ação que refletiam a visão de estudantes sobre pautas como a Base Nacional Comum Curricular e a reforma do Ensino Médio. Além disso, os jovens foram desafiados a aplicar o que aprenderam em suas cidades.

O Manifesto Voz do Jovem, como o nome diz, contou com a participação de quase 12 mil jovens brasileiros. Estes jovens foram ouvidos através de uma pesquisa a nível nacional por meio de formulários digitais, e, somado a isso, cerca de vinte entrevistas foram realizadas com jovens e  professores com o objetivo de refletir e analisar os dados recolhidos.

A pesquisa e a entrevista se complementam – a primeira proporcionando uma visão mais sistemática e em grande escala, e a segunda contribuindo com mais profundidade sobre o pensamento dos jovens.

Com esse Manifesto entendemos de uma maneira global as ansiedades, desejos e críticas dos estudantes brasileiros. É preciso revolucionar o conteúdo das salas de aula e a maneira como ele é ensinado; envolver mais a comunidade escolar como um todo nas decisões que a afetam; valorizar professores e olhar com atenção para a grande desigualdade de recursos educacionais entre famílias em diferentes faixas de renda, o que causa uma grande injustiça a cada nova geração de estudantes.

Se por um lado encontramos uma série de problemas, de outro vislumbramos um dado que nos deu esperança: 95% dos jovens que responderam à nossa pesquisa disseram que têm vontade de mudar a educação brasileira.

Você pode ler o Manifesto do Jovem na íntegra e ver o lançamento dele!